Escrever nem sempre é tarefa simples. Por vezes
encontrar as palavras é um árduo exercício de busca. Para realizar uma
atividade, resolvi pedir uma luz à Clarice Lispector e abri aleatoriamente uma
página da minha mais recente aquisição literária: O livro “A descoberta do
mundo”. Eis que encontro essa preciosidade:
"Escrever ao sabor da
pena.
Esta frase me ficou na
memória e nem sequer sei de onde ela veio. Para começar, não se usa mais pena.
E depois, sobretudo, escrever à maquina, ou com o que seja, não é um sabor.
Estou falando de procurar em si próprio a nebulosa que aos poucos se condensa,
aos poucos se concretiza, aos poucos sobe à tona- até vir como num parto a
primeira palavra que a exprima."
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